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Humanidade

 
Longe vão os tempos que ouvia,
As vozes de fundo que se fazia sentir,
Já nem lembro o que dizia,
Aquela voz masculina ou feminina,
Observava a vida de longe, queria dormir.

Deitei-me, vagueavam dores infernais,
Tonturas várias que não me seguravam,
Como via os Mundos quando eles se mostravam iguais,
E na tentativa de salvar o que pudesse,
Tento e tentei, não tentaram.

Sinto o corpo dilacerado pelo cansaço,
O tempo na sua primazia, tentava,
Alargar o seu potencial perigo, negligente, amasso,
Da humana estupidez incompreendida,
Que em vez de agir, apalpava.

Jamais serei do Mundo enquanto for de mim,
A tola ideia de empreender,
E que ninguém possa voltar ao passado, sim,
Porque ninguém o irá salvar,
Enquanto a voz que se ouve distante não morrer.

 
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DavidPN
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