Hoje a lua está muito mais resplandecente,
urdindo, ponto por ponto, as margens
do rio, de minha aldeia.
Num intricado de nós e de pontos cruz,
parece querer unir as duas margens:
privilegiado sítio, de onde se observam
as estrelas e toda a sua constelação.
Quer que olhemos na sua direcção e que
busquemos, o brilho intenso, da novíssima
estrela, subida aos céus, quando a tarde
adormeceu, no colo da noite anunciada.
E de facto mais não é preciso para procurar,
para que de todas as estrelas, nossos olhos
passem a fitar, deslumbrados, aquele pequeno
pontinho luz, acabado de nascer, nas horas
primeiras, de uma noite a prevalecer.
Jorge Humberto
23/08/08