METAMORFOSE
Meus dentes estão afiados
Minhas garras estão de fora
É a Hora ! É a Hora !
Vou voar p`lo céu de trevas
E a coberto da escuridão
Eu vou invadir cavernas.
Sobe-me a adrenalina
Que arrepia a espinha
Na antecipação da caça.
Ó de Casa ! Ó de Casa !
Ó trancai vossas janelas
Aferrolhai vossas portas.
Hoje eu estou de asas soltas
Não vos delongueis em voltas
Não vos pônha a vista encima.
Guardai o menino e a menina
Temam ao dobrar a esquina
Que a noite hoje é meu jogo.
É meu jogo e meu jugo
Há certas noites de trevas
Que não travo meu prazer.
Está no sangue, sou assim
Não sou má nem sou ruim
Sou letal, fujam de mim !
Eu aviso que de improviso
Sai de mim um tal sorriso
Que me desejam de morte!
É má Sorte ! Vossa Sorte !
Se me caírdes em mercê
Porque eu não tenho dó !
Mato de um olhar só
E vivos, morrem em mim
Sem perceberem o fim.
E terminado o impulso
Volto para o meu repouso
Co`a minha dose de gozo.
E chega o dia e eu brilho
Sou Luz sem mácula da noite
Sou Doçura em forma pura!
(Por Ana C. / Sob_Versiva)
Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.
*Mário Quintana*