Como um empírico convicto, leio, diariamente, os Dicionários, com Eles aprendendo os significados dos vocábulos e, evitando decorá-los desnecessariamente, também, não os deixando superlotarem a minha mente e imaginação, dessa forma, aprendendo e, apreendendo sem mancomunar, integralmente, com o anunciado, dado a versatilidade dos seus sinônimos, alguma das vezes, antônimos, em relação ao vocábulo pesquisado.
Essa minha afirmação, poderá ser confirmada, por quem se interessar e/ou, discordar do que, até aqui, me referi.
Apenas, a título de defesa deste texto e explanação, vou citar alguns tópicos, aos quais, me referi, a saber:
—Cavaleiro e Cavalheiro: A letra “h” transforma um Ser que cavalga em um distinto, esmerado em educação e... Nobre!
—Cabal e Cabala: O acréscimo da vogal “a” modifica o perfeito e completo em conluio e intrigante.
—Cafita e Cafite: Com a troca das vogais “a” e “e” a má sorte no jogo se modifica para o mal-estar!
—Calçada e Calçado: Com a troca das duas últimas vogais, nos mandam pelos caminhos usando sapatos a nos resguardar os pés!
—Calhar e Calhau: Trocando-se o “r” pelo “u” nos permite o suceder e convir com os seixos e pedras!
—Cambada e Cambado: A troca das últimas vogais afirma que a súcia e a corja se transformam num Ser de pernas tortas!
—Camelo e Camelô: Ao se colocar o acento “^” transforma-se o quadrúpede com duas bossas no dorso em um vendedor das calçadas!
—Canela e Caneta: Trocando-se as letras “l” e “t” afirma-se que uma pequena árvore possa escrever!
—Cano e Canoa: Acrescentando-se a vogal “a” transforma-se qualquer tubo em uma pequena embarcação!
—Soluço e Soluto: Trocando-se o “ç” pelo “t” afirma-se que a contração espasmódica do diafragma pode ter e expelir uma substância dissolvida!
Vou parar por aqui! Com receio de ser taxado de demente ou, insensato! Porém, sem pagar nenhuma taxa por isso, pois, a bem da verdade, sou, tão somente, um extremo apaixonado pela lingüística, sem estar de conluio com Ela, nas suas manifestações que deixam dúvidas, pelo menos, para mim, um mero aprendiz, guiado pela experiência e sem estribo didático, na minha maturidade adquirida pelos caminhos da minha mera existência.
Há tempos, fiz uma abertura num dos meus livros, nominado de DICIONÁRIO OBSOLETO! E, a seguir, apresento uma parte do seu prefácio:
Visa esta modestíssima “obra”, tão somente, destacar alguns termos obsoletos do nosso cotidiano.
“Adrede por alvedrio sem amavíos ou arcano, porém, árdego ao arrostar o axioma.”
A nossa “língua mãe” nos foi inoculada pelos nossos irmãos portugueses. A sua riqueza de sinônimos, acrescidos pela “gíria” e palavras “chulas” do nosso dia-a-dia, diversificado pelas passarelas de papeis, tramitando pelas nossas vastas regiões desiguais em didática, tirocínio, cultura e folclore. Fizeram-nos receber uma sinonímia das mais variadas que, coletadas nos dicionários vigentes, acabaram por ficarem “alheias às suas funções de consulta prévia” ao aparecerem em outros locais, com hábitos diferentes e conhecimentos diversos, da origem inserida nos léxicos.
De nada adiantará dizer a palavra piçarra ou faisqueira a um carioca ou paulista, nem macaxeira pára um gaúcho pouco ilustrado.
Se há dicionários de sinônimos, antônimos, gírias, chulo, linguas traduzidas etc. Por qual razão ainda não foi elaborado e, distribuído, um Dicionário de palavras pouco difundidas ou... Obsoletas? Nãoé apenas uma pergunta e, sim, uma constatação emergente desta minha humilde forja.
Justifico, modestamente, a minha opinião com os seguintes tópicos:
—Classificação sedimentária e, ao mesmo tempo, indiscriminada do usual;
—Delimitação do obsoleto sem excluí-lo e/ou eximi-lo;
—União das regiões brasileiras e dos seus costumes, por meio da leitura e comparação com a palavra “estranha”, que lhes chegarem ao conhecimento;
—Codificar textos, entremeando-se a eles o obsoleto, justamente para embelezá-lo ou confundir a quem dele não deva tomar conhecimento de imediato. Por exemplo: Se você “xingar” a um oficial formado na academia superior das forças armadas, o chamando de “taludo”. Ele poderá não aceitar se for um macérrimo, no entanto, se o tratar de “Tarimbeiro”, ele poderá até agradecê-lo se não souber (com honrosas exceções) que “Tarimbeiro” significa “Oficial que ganhou a patente sem ter sido praça e sem ter nenhum curso ou estudo superior”.
—Ajudar na difusão dos dicionários que, erroneamente, são vulgarmente chamados de tira-teimas e apenas fonte de consultas quando, a meu ver, deveriam ser “livros de cabeceira” e de leitura constante, por se tratarem de professores de línguas e termos diversificados.
Ao elaborar o dicionário em foco, fi-lo, apenas extraindo alguns vocábulos pouco comuns (para mim), relegando os derivados, termos científicos, nomes, topônimos e os alusivos à maioria da fauna, flora e minerais. Não fiz a compilação nem de trinta e cinco por cento do material encontrado no livro referido e, por mim pesquisado.
Para não ser chamado de prolixo (ou... palavrinha!), aqui termino esta abertura, esperando que seja lido, para a alegria de um simplório empírico labutando pelos tira-teimas da vida e, ajudado pelos meus companheiros de jornada.
Sebastião Antônio Baracho.
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-6195
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