Luso-Poemas
 
Poemas : 

a sombra quente do orvalho

 
um dia acaba dentro de outro
começa cedo e finda dentro do outro
repetido até destruir a memória
a capacidade de escrever, de ser
acaba/começa amálgama indistinta
até renascer a vontade de ir para casa
indistinta e distante, forte depois
até dar por mim parado na rua
onde hei-de aprender a voltar a andar

à medida que caminho e me afasto
dos pensamentos onde estava
o espaço que ocupo desloca-se comigo
na tarde íngreme da calçada
onde estriba o eléctrico outra vez
cheio de risos e de sonhos, ao longe
aproximo-me de outros pensamentos
passo por passo - quieto.


(continua)

Nota: todos os textos neste espaço estão registados no IGAC, mas podem ser livremente copiados, desde que me mencionem como autor, tenham link para http://forteondaserena.blogspot.com/ e reproduzam esta nota, sem alterações.

Carlos César Pacheco, Novembro de 2005
 
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Azul_Fogo
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Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 22/08/2008 12:30  Atualizado: 22/08/2008 12:30
Colaborador
Usuário desde: 13/10/2007
Localidade: São Paulo- Brasil
Mensagens: 4206
 Re: a sombra quente do orvalho p/Azul_Fogo
Faz gosto ler.Chega. É bom e basta.

júlio

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 26/08/2008 00:15  Atualizado: 26/08/2008 00:15
 Re: a sombra quente do orvalho
Passo a passo eu…
Sou nesta íngreme subida
E sou o vento
E a melodia
E sou o sonho
E a nostalgia

.....


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Com um beijo meu

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/08/2008 07:27  Atualizado: 28/08/2008 07:27
 Re: a sombra quente do orvalho
O poema com verdadeira alma de poeta...de quem sabe o que escreve.

Abraço

ConceiçãoB

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/11/2013 12:15  Atualizado: 28/11/2013 12:15
 Re: a sombra quente do orvalho
gostei

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