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O velório do vampiro

 
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Minha gentil cortesã,não lamente sobre o que jaz destinado
A apodrecer na simbólica tumba sagrada de lamentos glorificados por ciganos eslavos,
Lágrimas descem piedosas na face alva de alabastrinos contornos vagos,
No olhar que encontra os meus em espiritual sintonia amorosa.

Inicialmente tudo parecia ter menos importância,
No entanto agora não posso fingir que tudo passou de um erro contornado,
Querida amante,os cortes desfiando débeis braços pálidos,
Ainda ardem sob o manto que oculta tragédias e pecados.

Erros fatídicos ecoam no retinir do chamado de encontro ao fim
Estou partindo finalmente não sem estremecer pesaroso,
O destino revelou-se pertubador quando foi então revelado,
E de antemão vejo o desenrolar da cena em extravagante velório.

Mãos erguendo-se das flores,sem moedas nos olhos,
O adeus prolonga-se em gritos de horror feito delírio macabro,
Sou um vampiro e último adeus é necessário
Túmulo vivo resplandecente em sinistra sedução assassina.

Quando despontar a luz da decisão em momento exato,
Meu corpo será dilacerado em pó bailando no brilho do sol em raio de luz invadindo o doce repouso,
E desejo imensamente que não estejas presente nos fatídicos momentos,
Pois o abismo se fará verdade em sua mente
fincando dentes agudos na tua bondosa alma.

 
Autor
RaimundoSturaro
 
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