Preciso d`outro cigarro para apagar a ansiedade em longa fumaça espiralada,
A única luz na noite perdida está na brasa cancerígena junto aos meus lábios ressequidos,
Em horas entediantes de solidão contínua frio abraça minhas costelas,
Papel de parede amarelecido esconde cadáveres e antigos karmas
Um morcego esvoaçante esgueira-se através da fresta.
Aurora tímida desponta sobre as cercas da grade que range
Continuo amando-a e pensando em como seria bom
Estar novamente caminhando a esmo pela discreta cidade,
Quando apenas amantes existiam reconstruindo o Paraíso perdido.
Tecendo juras e carícias mais ousadas despindo-se ocultadas pelo manto tênue da escuridão
findando em orgasmos plácidos.
Debruçado sobre as visões de teus cabelos molhados
E do perfume inebriante como doce aroma do Oriente,
Mãos ágeis e pequenas,delicadas na minha virilha encontrando um pretexto
Para prolongar a estadia já na cama desfeita.
Pior que a solidão é a humilhação da derrota,
O ciúme corrosivo apagando os ideais e sonhos de outrora,
Indigno e complexado isolo-me em quarto fechado vislumbrando
Esperançosos anseios e ilusões pontilhadas ,
Estrelas particulares
Apagando-se na dor de amor impossível Cândidamente sepultado.