Poemas : 

PRELÚDIO

 
Tags:  lembranças    face    orgulho  
 
O singrar, ao peso d’âncora, sucumbe;
O sorriso (chama breve) apaga-se
Ao sopro de um vento que se incumbe
De desvanecer tod’esse deslumbre:
O orgulho que por hora agiganta-se.

Pisoteias àquele que te serve
Como se as próprias mãos secionasses;
És todo poderoso nessa verve
Que humilha, esnoba, desmerece e ferve
Sobre o fogo da soberba em tua face.

Estufas o peito, seguro e arrogante
Por teres a chave que te abre às portas.
Caminhas zombeteiro e triunfante;
Nem percebes que és prelúdio agonizante
E que serás, amanhã, lembranças mortas.


Frederico Salvo.


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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/08/2008 03:36  Atualizado: 22/08/2008 03:36
 Re: PRELÚDIO
CAro Frederico, apesar de bem introspectivo, o poema está muito bem descrito para falar de prelúdio, que seja apenas exercício de lembranças inexistentes! bjs de luz

Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 22/08/2008 08:56  Atualizado: 22/08/2008 08:56
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7080
 Re: PRELÚDIO
Excelente, Frederico Salvo!
O orgulho é bem um pecado mortal.
Abraço amigo
A. da fonseca