Sou qual viúva negra Deambulando por minha teia Raios de prata, tosca lameda, Neste labirinto que me enleia. De predador passo a presa E conto com minha morte Sem qualquer comiseração Que até os anjos Celestes Sentem no Céu, a minha paixão. E qual Senhor dos Passos, Largo a cruz que carrego, Em meus braços. Nesta escuridao acesa Deixo-me elevar pela Luz Do vogar sem medo, Sou qual pequeno penedo Fragancia de rochedo Que no mar se desfaz. Caio de joelhos baços, Enfrento areais, vento fugaz, Onde me deito no esquecimento E tudo o que me lembro... É deste pensamento lilás Num dia de Agosto... Com cheiro a Setembro Onde o verão inerte jaz!!!