Ergo as mãos em júbilo esquizofrênico,
Sangue do Senhor respingando na face,
Sorvendo as lágrimas da criança crucificada a serpente,
Insinua-se entre as pedras do jardim.
Que importam todos este túmulos orgulhosos,
A riqueza perdida entre montes de cinzas e tantos lamentos decompostos,
Veja que a mais pura da almas perdendo-se no sonho de paraíso.
Tudo isto enquanto o Vampiro conversa comigo ofertando o reino que não existe,
Prefiro manter-me cá na vila, pequena e frágil jóia infernal, terrena e vulgar.
Passeio nos campos e nas montanhas,
O céu negro envolve -me com o vento frio desabado sobre telhados frágeis,
Janelas feito olhos fechados,infantes espancados observam no escuro,
Enquanto preces deixam de ser atendidas n`outro desmaio silente,agora o último.
A cantilena das bruxas em torno da fogueira
plangentes acordes de violão negro e tristonho bardo
povoam a mítica floresta e suas muralhas vibram,
como o entrecortado estrondo de mar em rocha nos portos distantes
Impávida barreira nos limites abruptos do abismo de águas furiosas.
Brumas de paixão, virgens amortalhadas,
ressucita-me Onipresente Criador, teu filho bastardo dos ermos jardins enregelados,
Pó também é teu reino,caveira minha face,
Esplêndida languidez de nobreza sacrossanta
Devolvo a cruz tomabada nos ombros do Primogênito e tu restituis a inocência de minh`alma.