No céu calmo
Eu via tempestade,
Ficara longe de tudo
Sem nenhuma amizade.
Chovia forte
No meu pedaço de terra,
Não encontrava o norte,
A minha vida estava bera.
Corria de mim própria
Com medo do que encontraria
E quando me aproximava
O meu eu fugia.
Estava negro, o tempo,
Quando se aproximou,
Em pezinhos de lã
Meu coração arrebatou.
Julgara-me já uma pedra,
Já não chorava nem ria,
Tão morta durante tanto,
Agora eu renascia.
Começou num pequeno brilho
Que mais quis ver brilhar,
Num tão belo sorriso,
O teu rosto, o meu fez iluminar.
Foi crescendo uma chama
De pequena
A fogo ardente,
Que julgara impossível
Até me sentir tão quente.
Me tornei dependente
De um tão simples olhar,
E por ti vagueei,
Num impaciente caminhar.
Percorro com simplicidade
teu todo interior
e nada mais encontro
senão o mais puro amor.
Dás-me mais do que a ti posso,
Dás-me mais do que sonhei.
És mais perfeito, mais belo,
Do que possível imaginei.
Amo-te é pouco,
Nada é na verdade.
Por ti sinto muito mais,
És a minha eterna felicidade.
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