Chamo a mim a manhã translúcida.
Traz consigo teu sorriso, quando ainda
sorrias, às coisas da vida e tínhamos
nosso amor, como algo sempre novo,
a explorar.
O amor permanece inabalável, diria
mesmo, cada vez mais forte, pois é
nas dificuldades, que ele se sujeita, ao
rigor das palavras, inquisidoras.
Faz muito tempo já, meu amor, em
que deitamos à terra a semente, e,
da raiz duradoira, o fruto rubesceu.
Hoje a árvore cresceu; toca-lhe uma
leve brisa, pela manhã; e, as fragrâncias,
do jardim, ao seu redor, são o olor,
que carregamos connosco, fruto de
uma bem querença, que nunca olvidamos.
Jorge Humberto
17/08/07