Derivavam em flores de jasmim nas palmas
abertas do sorriso plantado no jardim.
Tinham dos bronzes, cambotas, veios, matizes.
Das plúmbeas Violetas todas os tons e igualmente
o aveludado modo das pétalas dos Narcisos.
Imprecisos, brotavam em orgânicas esperanças
dos erectos cachões de espuma, de dentro da
bruma de verdes vagens, avultando-se em
borbotões. Novelos e castelos, elevavam-se altaneiros.
Dos amantes retinham turbinas pungentes de luz,
movidas no suor, no olor e no vapor.
Emergiam na noite dos sentidos, no louvor e na glória,
ataviados em coroas viçosas recolhidas na arena,
qual poderosos gladiadores.
Viviam a grega herança, velejando à bolina, erguendo
em côncava taça, a lembrança de sinópticas velas troianas.
Eram músicos, jograis, vates, cantadores, trovadores,
poetas, de um tempo fora do tempo. Almas ciganas.
Eram apenas Albatrozes, simplesmente Gaivotas,
na busca das suas rotas, despertas na graça imensa
dum incessante bater de asas.
Eu? A louca, louca, que os observava nos bolores
de uma vidraça ...
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