Rompe a alvorada No meu silêncio, Com a língua afiada Da verdade calada E dela saem em catadupa Os hiatos da minha existência. Lacunas cheias de história Que quis apagar da memória. Hiatos pintados… De melancolia, Tristeza, Afectos negados. Hiatos de mim… Quadros falhos de cor Na imensidão de tinta Com que pinto a vida. Com que pinto o amor.