ontem afogou-se a voz, hoje afoga-se a boca e antes que me afoguem as palavras escrevo-te, escrevo-te do alto da minha solidão, nas esquinas de um queixume que se esbarra contra uma rua, deitada sobre os pés quietos, mudos, afogados. e o corpo cheira a morte, há vida cimentada nos gestos, estátua de sentimentos inclinada contra o chão.
ontem esqueci-me, hoje morri-me e amanhã já nada serei.
. façam de conta que eu não estive cá .