Acordo pronto para mais um dia.
O Sol brilha dentro de mim mas na verdade a chuva bate no duplo vidro em ritmada animação.
Agarro a vida pelas golas e invisto-me de poder e glória pelo simples facto de ser.
Uma serena luz acompanha os meus passos iluminando os factos á minha frente.
Uma aceitação sem juízo nem análise leva-me a uma Paz que por eras julguei utópica.
Mesmo sem ver acredito numa tendência para o equilibrio que nada nem ninguém poderá quebrar.
Esta Fé, que é minha e de mais ninguém, leva-me a verdes pastos que partilho com uns poucos ruminantes numa Paz que se sabe improvisada
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.