Nossa como envelheci, olhando aqui hoje nesse espelho vejo como minha pele já sobre põem tanta dor.
Sinto a melancolia de esta aqui sozinha, sinto o respiro maldoso de sua alma.
Envelheci e agora meu amor, quando voltara pra mim o tempo perdido.
Quando de seus olhos poderei ver novamente o amanhecer daquela linda aurora, no crepúsculo da noite acinzentada.
Castelos de sonhos, abismo da solidão.
Sinto como se meus passo estivesse mais tardio, como se carregassem o tempo em si.
Minha beleza que antes de menina era mais aplausiva, hoje foi tomada pelas rugas de sabedoria.
Rugas que me tornaram ainda mais bela, mais menina, mais mulher. Pois trouxeram em si, a lição de cada traço moldado em meu rosto.
Lembro a cada passo uma melodia, um ritmo, uma dança.
Vejo em minha alma uma paz, como se fosse um sono profundo e eterno.
Minha mão tremula meu corpo já meio frágil e cansado, trazem em si marcas de luta, de sobrevivência.
Quantos dias acordados cedo pra sobreviver nesse mundo, onde tentamos a cada raiar do sol uma nova chance de respira, uma nova chance de pode prova que somos capazes.
Mais agora meu antigo e bom amigo espelho que me acompanhasse, desde criança, me viu vira adolescente, adulta, mulher e agora envelhecida.
E hoje aqui escrevo que amei cada dia como se fosse único e eterno momento, que essa ruga não me deixa mais velha mais sim me ensinaram a viver com tamanha intensidade cada amanhecer.