Chocamos uns contra os outros,
só para sentir o choque,
o contacto entre pessoas solitárias.
Vageamos por tristes caminhos,
vagueando sem rumo,
pelas almas nuas e vazias,
vivendo no submundo.
Por isso desenhamos o destino,
moldamo-lo e dominamo-lo á nossa imagem,
sempre a perder o controlo.
Somos instáveis como plutónio,
selvagens como lobos,
revelando o lado mais negro da nossa alma.
Porque o tempo mata,
moie o coração e
tranforma-o em calcário pela
açcão do rio que continua a passar,
numa corrente de espiritos inquietos.
Mas suavizamos estas emoções,
com perdas de consciências,
com falsas qualidades adquiridas e segundas personalidades personalizadas, conforme as
situações vividas.
Por um eqilibrio incessante,
á á procura da mudança perfeita que demora anos
a realizar-se.