A luz dos olhos dela incidiu sob minha face,desapareci não sendo notado,
Diáfana a sombra de uma caveira murmurava como em prece maldita,
Terra ainda manchava meus pés,
Ciprestes balouçavam quando a tempestade mesmo amainada,rugia, levantando folhas amarelecidas e miasmas,
Feito lamentos de bruxa em sacrifício infanticida,
Dilacerando almas e sonhos, tragados no vendaval de minha morte ritual,
Nenhum velório para o errante suicida.
Arrasta-se oculta ainda a esperança mutilada,seus membros rotos de leprosa enterram-se no chão rastejando sozinha,
Preservada a beleza de rosto intacto, ingênuo em cruel ironia,
Ela sorri como um convite obsceno,não a vejo, sinto apenas,
Como os pássaros antes da fúria do tempo,feito as despedidas dos cancerosos condenados e as lágrimas no corredor,
Recostadas no pó de paredes ladrilhadas esquecidas,feito fé desabando em portentosas ruínas.
Até que o último resquício de sanidade permita,agonizarei trancafiado em invólucro apodrecido,
Despertado para sempre,esvoaçante aparição junto ao abrigo de amada ninfa,
Para vomitar um lamento infinito e residir em recrudescentes doenças,
Tiritando em maxilares cruelmente expostos
Cubra-me com teu pesar,assim direi,console-me com teu luto até o amanhecer outonal de vazio,
Contemple a frígida expressão de desgraça firmemente enraizada,
Nas campas frias e imagens de Cristo argênteo cego e emudecido,esvaindo-se na atmosfera de enterro pelas recentes memórias cremadas,
O alvissasseiro crucificado ainda pende no alto,
com o rosto cálido cabisbaixo,tomado de moscas.