As minhas maos amarguradas
a lirios roxos debruadas
cinzeladas de martirios.
em tumba concha prostradas
encerram brancos lirios.
As minhas maos...acoitadas
por fortes ventos vergadas
lembram pequenas pombas
brancas, alvas, agitadas,
tais quais peregrinos de fe'.
talvez sejam embarcacoes,
de lagrimas mortas, secos cirios,
aproveitando a mare'.
ou talvez gaivotas a' beira mar
que mais fazem lembrar,
lencos brancos a acenar ou
sinos lamuriosos na santa Se'!!!
e entre cancoes de embalar
o seu triste badalar
rezam oracoes a cantar.
frotas de amor, abrindo portas
abracos de ilusoes,
talvez contradicoes,
em horas mortas, de poemas,
poeticos a' contra-re',
transpirando mar, suspirando mare'!!!
Dinah Raphaellus