REBENTOS DA VINGANÇA
Espada forjada pelo magma do sofrimento
Era assim a aziaga prole de cobiçados punhados de terra Sertanejos.
Seus pais, pobres artífices da subsistência,
Aprisionados em brumas onipotentes de ameaça e autocracias,
Caíam nos precipícios da inaudível ressonância tépida
Ao serem alvejados por nimbos da pólvora
Fazedora de redes de balanço da sorrateira modorra eterna.
Então seus filhos, sobreviventes dos dantescos tornados de fogo,
Medravam alimentados por dilúvios do dínamo da fúria
E, ao furtar a seiva da açucena da ira
(que emantara as primogênitas presas da mais augusta clânica tragédia nordestina)
Transformavam-se também em promotores da justiça de Talião.
Sim, sob o manto da couraça da Guerra,
As caças de outrora suplantavam e ultrajavam
Os outrora soberanos Brancos Tubarões!
No entanto, houve duas caças irascíveis cujo fulgor até hoje nos Fascina:
Uma, compelia seus inimigos a bailar a valsa do diabo;
A outra, calcinava unifocalmente os caçadores e avaros com a Chama de uma insujeitável lamparina de eficiente temeridade
Ferina.
Porém, no reino da tirania solar e de atemporais susseranias,
Aqueles lendários nativos não eram najas
Tampouco irmãos da Filantropia.
Não. Eram, em verdade, flores germinadas
Do incarcomível mar de sangue derramado,
Do inglório éden da chacina!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA