Ilumina meu pálido rosto
Revela meu corpo seminu
Apenas com roupas rasgadas e gastas pelo tempo
Revela-me para o mundo assim como o revela para mim
Ao andar por estas trilhas vejo apenas árvores ao meu redor
Caminho até chegar a um lago
Aos poucos, como se estivesse em transe,
Vou me despindo e ainda mais me revelo para a noite
Num único mergulho vou de encontro ao meu destino
Sinto a água tocar todo o meu corpo
Possuí-lo por inteiro
Em meio a essa calmaria adormeço sobre as águas
E mergulho no universo de meus próprios sonhos
Onde tenho q enfrentar meus maiores temores
De cabeça erguida, assumo todos eles.
Enquanto me preparo, doces lembranças tentam me distrair,
Do objetivo ao qual me propus
Então eu as afasto,
E sem perceber que na verdade estou desfazendo-me delas
Elas desaparecem
E o que pensava q iria me fortalecer
É o que mais me enfraquece
E me vejo completamente sozinha
Para enfrentar minha pior parte.
E de peito aberto eu a enfrento
Muito ferida por dentro, venço!
Agora acordo, ainda muito fragilizada
E me deparo com o mundo
Nada amistoso! Nem um pouco acolhedor
Antes que eu pudesse me recuperar
Vejo-me aderindo a um sistema,
Que por vezes vai contra meus ideais.
Tentando ser aceita em um mundo ao qual não pertenço
Estou aqui, agora, esta é a minha realidade.
E somente sob o luar me sinto melhor
E mesmo privada de minhas boas memórias...
Preciso continuar existindo!
<br />Thamires Nayara.copyright © 2007 proibida cópia ou venda sem o conhecimento do autor."A violação dos direitos autorais é crime"(lei federal 9.610)