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Monica

 
Tags:  amor    sombrio  
 
Tantalizado martírio, rastejante absorvo cinzas do turíbulo onde são desfeitos restos de ascendência degenerada,
Ínnfimas lembranças vagas da Pátria Lusa,onde tu habitas,
No longo hausto de flébil paixão,cultuada tão distante,
Lágrimas de incontida torva,febril amor.

Gostaria de transpor esses limite de mar profano,
Embora apenas em contemplar-te dedicando minha alma,considere empíreo sortilégio,
Absorvendo a odílica influência da lua em sensibilidade acurada,
Feito talentos funestos e sensuais que detens com maestria.

Minha fronte ebúrnea desmanchada no espelho Cercado pela luzes acesas nas ruínas
Acalentam as sombras que movem-se na solidão,messe de infortúnios e traumas recorrentes,
Estes que apagam-se quando o desejo consome últimas forças e tombado tal Anelliese possuída Busco refúgio no chão onde atiro sangue em profundas pancadas,
Desejando apenas estar ao seu lado antes de finalmente cessar a pulsação desta latejante dor percorrendo braços cansados,
Em veias e artérias desfiguradas na magreza cruamente exposta em penumbra de mortalha erguida.

Diafaneidade fantasmagórica caminha trôpega,
Até o quarto onde o retrato santificado traz alento e deslumbre,
Repousando em tua beleza ímpar,na intemerata singularidade etérea,
Afrodite de cinzentos nuances abençoa-me com atenção de modesta sinceridade quando curvo-me reverente,
diante do amor que floresce,graças a ti rosa sombria de doces palavras,
Posso fugir do abismo colossal,patológico,diagnosticado em voz impessoal,
De surras,anseios decompostos e humilhações
esvaindo-se feito pó de túmulos violados
Quando o Paraíso feito delicado anjo sombrio,Musa gótica de negro vestido,escreve,admirando-me.

Sonho com beijos que jamais terei em tons delineados com volúpia soturna,
Inerente a toda aquela que porta qualidades únicas
concedendo motivos de veneração,
Em edênicos momentos que valeriam por cada minuto,
transcedendo a eternidade e qualquer outra dádiva,nada pode mesmo comparar-se,
Penso que teus braços aconchegantes e carinho tornariam suaves os prantos de minhas tantas chagas,em miríades de romances transmutados na colossal dedicação e afeto,
no mais idealizado e real,intenso sentimento,amo-te!

Quando a última chama sumir nas trevas de depressão e agonia,
Lembre-se de mim como aquele que sacrificaria infinita existência
para estar próximo, ainda que por parcos momentos
sorvendo graças e felicidade irreprimível em teus lábios,
Glorioso feito ascensão de Satan reconquistador abatendo arcanjos covardes,
E declarando esta paixão a maior das virtudes.

 
Autor
RaimundoSturaro
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/08/2008 06:01  Atualizado: 13/08/2008 06:01
 Re: Monica
CAro amigo Raimundo, mesmo sendo esse amor declarado em termos meio que obscuros, só tenho q concordar q entre edênicos ou obscuros momentos tem q valer sim, cada minuto de uma existência, mesmo que por míseros minutos! bjs


Enviado por Tópico
DarkRose
Publicado: 13/08/2008 20:20  Atualizado: 13/08/2008 20:20
Participativo
Usuário desde: 02/08/2008
Localidade: Fundo do Mar
Mensagens: 34
 Re: Monica
Eu queria muito deixar um comentário á altura, mas de momento, como me faltam as palavras...ler-te cada vez mais me fascina...
Um grande beijo de alguém que te pensa do outro lado do Oceano...mas de mãos dadas contigo...Open in new window


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/08/2008 19:52  Atualizado: 14/08/2008 19:52
 Re: Monica
Olá Raimundo
O poema é excelente!
E acho que em qualquer siuação de amor,
é mesmo pra "se dar pancadas no chão"...
Curti de monte
valeu amigo
Abraço
Edilson