ÉS SUPREMA OH! DOR *
Homem nenhum vive ou morre sem razão, sem motivo...
Os seres que sobrevivem aos seus inúmeros ancestrais estão por eles garantidos, e como eles, garantirão as vidas dos que os sucederão.
Adaptação e evolução têm assegurado estas presenças. Todos os seres estão neste ciclo engajados e por ele preservados. Do organismo mais simples ao mais complexo. Todos são responsáveis por todos nesta relação espaço/tempo, passado, presente e futuro, que assevera a todos seu agora.
O microorganismo que condena pode ser também aquele que salva, que dá imunidade e promove novas formas de vidas, garantindo o milagre da biodiversidade. O mesmo ocorre com o HOMO SAPIENS, com toda sua sapiência une e segrega, constrói e destrói...
O mundo numa aparente baderna se eterniza, no todo conservado. Poeira cósmica gerou vida, que gera poeira cósmica, “AD INFINITUM” Isto é pura harmonia. É lição velada, que promove a humildade no efêmero, verdade e fé no Supremo.
Dualismos que persistem inconciliáveis para que o conflito seja alimentado. Para que afinal a existência seja valorizada na sua essência... “És suprema! Os meus átomos se ufanam / De pertencer-te, oh! Dor” (Augusto dos Anjos, Eu, 30a ed., p. 199).
Diante de tanta grandeza, como diria Carlos Drumonnd de Andrade, pode-se ter
mil razões para se odiar, e só uma para amar, mas vale a pena... Isto porque o aparente predomínio da negatividade, é vencido por uma centelha de positividade.
Amar vale a pena. Mesmo que o mal chame atenção, é a simples e frágil centelha do bem que se multiplica, forma labaredas dando, a vida, muita luz....
Ibernise.
Inédito!
Indiara (GO), 12.08.2008.
Núcleo Temático Filosófico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.