Junto ao cais, os barcos esperam indolentes.
Os pescadores preparam-se para a lida…
Como é motivador ver de longe estas gentes,
Observá-las a ir para o mar, que é a sua vida.
Lançar âncora e içar velas, recolher redes…
As mesmas redes que cuidaram de cuidar,
Durante a noite, matando do vinho as sedes,
Que eles julgam por seu direito beberricar.
E quando o sol aparece no horizonte há muito
Eles zarparam, se vão ou não contentes,
É só o fascínio do poeta aqui e o seu intuito…
E quando a noite chega e a pescaria farta
Se acumula no fundo dos barcos, a poente,
Das namoradas e esposas anseiam uma carta.
Jorge Humberto
12/03/07