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O ISOLAMENTO EFICAZ!

 
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De tanto deparar com os despropósitos inundados de “verdades falhas”, em seu conteúdo expresso e, cheios de jaças deletérias à minha saúde mental, resolvi, por vontade própria, sem a ajuda de ninguém e, sem pedir a compreensão e conselhos a outrem, me isolar no meio da multidão! Ululante pelos engodos que recebem no seu dia-a-dia.

Isolar-se!... Cercado pelos demais! É uma escolha muito difícil de nos compenetrarmos assenhoreando das formas arraigadas! Pois, a todo o momento, os informes diligentes e... Venais, chegam ao nosso conhecimento, reivindicando a nossa participação no despautério, do qual, estamos nos afastando.
Estando no retiro voluntário, porém, participativo nos eventos benéficos e que não deixem dúvidas de sua validade moral idônea, somos, sempre, censurados pela nossa falta de reciprocidade, no tocante aos acontecimentos subornáveis e defectivos.

O que mais mágoa o solitário voluntário é a não aceitação, de tal circunstância, por parte dos seus familiares, mormente os com Ele convivendo que, em todos os momentos, o cerceiam, reprimindo e restringindo e, até, depreciando as suas tomadas de decisões de isolamento de pessoas e coisas que, não se enquadrem no seu desejo de se isolar.

No meu empírico pensar, Tudo o que não nos ajude no nosso crescimento moral é o Nada! Se não for aproveitável como útil!

Se ficarmos, durante a nossa existência humana e, curta! A nos locupletarmos com falsas benesses, das quais, não conhecemos e/ou, merecemos a fundo! Poderemos casualmente, nos enriquecer os bolsos e contas bancárias, todavia, certamente, estaremos com a mente e a moral na mendicância total de méritos e de valores! Os bens materiais são relativos, no tocante ao nosso aprimoramento, não fora assim, Todos os Ricos seriam felizes, saudáveis, provedores e... Amados!

O que pretendo difundir, neste meu modesto texto, é que, devemos, sempre, nos afastar dos disparates e tolices, que só servem para nos inundar de falsas promessas e ajudas sem nos dar, merecidamente, o retorno!
Aprendi, desde a minha infância na saudosa Diamantina-MG. Que “Um amigo verdadeiro não se perde!” se Ele se afastar, mesmo que ofendido, passado um momento, retornará a fim de se informar a respeito da ofensa recebida! O mau amigo não faz assim, pois, está sempre interessado em algo seu que, negado, o afasta, de imediato, do seu rol de relacionamento.

Com a minha solidão voluntária, tenho “perdido” muitos desses falsos amigos que, para mim, é uma ocorrência pouco importante, pois, na verdade, tenho perdido que não era meu amigo e, sim, interessado em algo meu sem reciprocidade alguma.

O meu isolamento me tornou uma “persona não grata”, para os marginais, viciados em entorpecentes, imorais, devasso, jogadores de jogos proibidos, caloteiros e, outros análogos, pois, ao me isolar em público, os considerei como “falsos amigos”! Simplesmente, não os cumprimentando e, até, não correspondendo ás suas saudações.

Atualmente, gasto o meu tempo livre de aposentado a dar um giro perto da minha residência, na parte matinal, em visitas a amigos leais e, a maior parte do meu tempo da tarde e início da noite, escrevendo textos, poesias e livros, usando a internet, só saindo para dormir ou, para assistir futebol na minha Sky.

O meu retiro voluntário de isolamento se refere, apenas, às coisas ruins e imprestáveis que nos chegam, a Todos, em todos os momentos.

Para as meritórias noticias informações pessoais e dos meios de comunicações, estarei, com prazer, atento e, participante! Fugindo do inverso, onde, até as máximas seculares tem sido deturpada, por exemplo:

- O “É dando que se recebe!” Para: É dando que “Eles” enchem os bolsos, sem a distribuição para o ofertante!
- “Somos todos iguais perante as Leis!” Para: Perante a Lei, os iguais são, somente, os poderosos em todos os sentidos.
“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo!” Para: Amar a Deus e a si mesmo e, ao próximo, se Ele tiver algo a nos doar.
Termino, para não ofender melindres, se alguém se ofender, primeiro, vista a carapuça e, depois, entre em controvérsia comigo, porém, lembre-se que sou um empírico e estarei isolado, podendo acontecer de, por isso, nem responderei ao reclamante.

A seguir, um poema meu:

Reclama o espírito a dor
Da visão da fortuna plena
Na surdez do ameno amor
Sem regalia da fé serena.

Reclama, ferida, minha alma
Com a injusta discriminação
Nas veredas frias e calmas
Dos contornos da ilusão.

Lamenta minha triste alma
Entre as quimeras da vida,
Na onda do mar sem calma
Em oceanos sem guarida!
Soluça minha’ alma triste
Neste planeta de ilusões,
Frágil flor que existe
Pendente de mil perdões.

Em minha’ alma corre morna
A esperança da felicidade.
No mundo sou uma bigorna
A mercê da vil crueldade.

Com as lágrimas fluindo
Vejo as estrelas perenes
Quais diamantes sorrindo
Em almofadas solenes.
Sou um viandante solitário
Nas sendas do esquecimento,
Cuspido! Vou pra o calvário
Escarrado?... A todo o momento!

Na partilha dos benefícios
Fico nas margens soterrado,
A mim, sobram malefícios...
Vis restolhos dos Bens doados!
No limiar do pensamento
Outras vidas vislumbraram:
Esfarrapadas, sem alento,
Idênticas a mim, sem... Lei!

Sebastião Antônio Baracho.
Conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-6195

 
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S.A.Baracho
 
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