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GRITO

 
Tags:  diana    meu amor  
 
Trago um grito preso no peito,
Refém duma dor que assaltou o meu ser,
Uma força centrífuga a sugar-me o espectro
Da sinergia vital que já foi o meu querer.

Trago férres grilhetas a tolher-me o âmago
Preso num cárcere de fria escuridão
E o meu grito acossado que nasce espontâneo
Morre num nó de cega aflição.

Trago um peso de insuportável ardor
A esmagar-me a ferida da alma doente
E o dilacerante gemido de que sinto pavor
Amordaço-o com cordas de força indigente...

Preciso encontrar um sítio
Onde soltar o meu grito!
Dêem-me ar puro, espaço,
Preciso desatar o laço!
Quero enteraar o meu grito
Soltando-o do meu peito aflito!
Encontrem-me mar alto, ravina,
Onde possa recompor minha sina,
Sacudir o meu grito,
Lavar meu espírito!

Deixem-me gritar!!!


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 11/08/2008 15:11  Atualizado: 11/08/2008 15:11
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
Localidade: SALVADOR, Bahia
Mensagens: 334
 Re: GRITO
um brado como emabcipação, como catarse
é assim que vislumbro este seu eloquente poema.