A luz trespassava meu corpo quando assomei a idéia de reencontro,
Sua austeridade na decrépita morada do abortado rastejante rangia quando toquei o assoalho apodrecido,
Recostei minha cabeça na parede tentando suportar a presença do Mal vigilante,
Cuspi na água benta de cura abençoada.
Deus falou comigo sapiente assombrando seu filho pródigo com um câncer de pulmão e coroa de espinhos,
Desposei a Virgem para reescrever o final do Apocalipse,
Mas tudo isto perdeu imprtância diante da morte de Caroline.
Rasguei as entranhas da natureza que devorava me em terra apodrecida,infértil,
Para gozar com o desespero de infante claustrofóbico,
E todas as memórias despejadas de uma só vez, em torrente de longo obituário particular
Foram exumadas e queimadas ,subindo dádivas para Ele como na Polônia estuprada.
Eu ascendi feito anjo trazendo a voz da ressureição,
Sob a forma de serpente induzi a libertação de entidades desejosas de prazer,
Vagando na terra dos infiéis erigi o templo da cabra humanóide deturpada para expiar os pecados,
E chorei sobre o túmulo de estranha felicidade em vago paraíso perdido.
Da boca regurgitando eternidade
O imperador reverente prostrado beijous os pés lavados por João no esgoto moderno,
E grandes garras de violadores finamente trajados decaptaram crianças nas montanhas com falos miúdos de ouro bíblico
Em rios de sangue escorrendo no último dilúvio.
Estigmas crescem semelhantes a Sarcoma de Kaposi,
Os bancos vazios olham inexpressivos para o Pastor,
Escurece agora na hora do retorno onde ignoram as preces inaudíveis antes do sono,
Deito no chão aguardando então que meu copo transmutado em pomba encontre uma brecha entre as nuvens para descansar.
Acho esse poema um tanto estranho,é sobre um homem prestes a morrer que julga ser a reencarnação de Cristo.