Música aos meus ouvidos
Em palavras que escrevo,
Ao passar das horas
Em que a noite cai.
Muitos sons perdidos
Ao dizer o que não devo,
Quando tu choras
Pela voz que não sai.
Sílabas que rimam,
Que saltam ao olhar
Sentada à sombra de um Sobreiro,
Quando desce o Sol,
Que nem as chamas queimam.
O meu desejo de te amar,
Que sempre será verdadeiro,
Qual a música em tom bemol.
Grilos que cantam gloriosos tantas baladas,
Galos que tocam afinado o despertar da aurora,
Pássaros que voam alto e entoam alegria.
Os rios que correm e contam velhas histórias,
Baleias que nadam Oceanos e são caçadas,
No mundo onde quem reina não o melhora,
O Homem que sempre destrói esta harmonia
O feliz viver e recordar dessas velhas glórias.
Parar é a palavra que se pede,
Chorar é o que se deve fazer,
Mudar é no que se tem de pensar…
Para que possamos renascer um dia,
Esquecer toda a vida que se perde,
A água dos rios que não vamos beber,
A poluição que não pára de matar…
Voltar a viver o mundo como se vivia.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma