Digo Amor.
não sei que outro nome teriam as mãos
que à noite se lançam
e cortam os corpos como espadas
e revolvem entranhas e encetam jornadas.
a noite, traz silenciosas angústias
e obriga a que apertemos contra o peito
um qualquer resto de inocência que nos sirva no labirinto.
depois, há palavras que queimamos na carne para que nunca nos esqueçamos de quem Somos.
Digo Amor
Morte
Impermanência
Verdade
Fé.
e digo Amor outra vez.
não sei que outro nome teria este espaço onde se deita o coração para seguirmos adiante.
derrubando montanhas e desbravando caminhos.
Rumo à Terra que há em nós.
(Teresa Cuco)