Se por ti sinto ainda tanto,
Flor que plantei,
Se por ti choro eterno pranto,
Amor, eu sei,
Que tu o sentes no chão que pisas
E que eu guardei
Na alma doce, entre as espigas
Da minha lei.
Porque o céu que habitas, anjo tão meu,
Nunca neguei,
Está no meu peito, onde nasceu
Quando chorei
A tua ausência que eu nego eterna
Pois sei
que em saudade me és presença sempre tão terna.
Até creio
Que um dia, enfim, renascerás
Do meu seio.
Teresa Teixeira