As decepções que demonstram o verdadeiro lugar onde pertencemos
São clarões de esperança.
As incertezas são o magnetismo de uma bússula desgovernada que tenta orientar as almas perdidas por entre estradas desertas e frias… trilhos solitários repletos de pó e cinzas dos sentimentos idos, aqui e ali pequenas pedras cimentadas pela cristalização das incessantes lágrimas dos viajantes alheios, desprovidos, quebrados… “salva-te a ti próprio”, diz o luar… mas que salvação existirá quando se tem presente que o sol não aquece, as sombras não ocultam… a vida é a extinção, o devaneio é a ilusão… os rostos são máscaras, a água é sede… as palavras são descanso, os sentimentos são temporários dissabores da alma!
O trilho não é infinito, nem tão pouco longo… não é duro, não é feroz… é apenas um circulo vicioso onde nos perdemos vezes e vezes sem conta para no fim vislumbrar uma silhueta que nos diz somente o que já sabemos: viajamos um mundo inteiro de atribulações, amarguras, prazeres, alegrias e tristezas… apenas para voltar ao inicio.