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INFILTRAÇÃO

 
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Sinto a minha alma molhada,
Empapada.
Acho que o meu coração cedeu,
Rompeu...
E uma infiltração difusa
Escorre por fenda obtusa.
Será chuva?

O meu coração é um charco,
Um barco
Sem fundo e sem vela,
Aguarela
Sem cor e sem vida,
Mera força amolecida...
Naufrago?

A minha alma apodrece,
Esvaece.
Do coração trespassa,
Perpassa,
A humidade que mina
O alicerces da ruína...
Será só orvalho?

O meu coração goteja,
Mareja,
Molha a minha alma frágil,
Intáctil.
E rios de cristal fluído
Aquecem-me o olhar perdido...
...São lágrimas!




Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/08/2008 18:38  Atualizado: 07/08/2008 18:38
 Re: INFILTRAÇÃO
Passei pelo poema ouvindo o barulho dos passos n'água. Os versos infiltram. Bonito.