Aterrorizado o animal tenta
sair.
Está encurralado numa
desiquilibrada manta verde
feita de vento.
Inseguro como um coelho na
floresta, sobrevive.
Contorce-se só de pensar
que pode nunca mais sair
deste lugar fantasma.
Força, astúcia e muita
persistência são a chave.
Ladeando o meio que o
regula sabe que os seus
próprios obstáculos são maiores.
Um dia a felicidade sopra
e o céu azul como os
olhos de uma deusa ficará.
Subtis e finas lanças
de beleza branca com grinaldas
ofuscam a imensidão negra
que cobria o seu rosto.
Um servo de si mesmo
Que um dia se escravizou.
Vasco pompaelo*