Hoje, vou escrever um poema,
Sem pés nem ao menos cabeça,
Tendo de premeio como tema,
A minha mui estimada presença.
Não direi nada com tino ou senso,
Jogarei fora as chaves da razão,
E se não souber onde pertenço,
Sentar-me-ei no velho cadeirão.
Talvez aviste algum desmiolado
Como eu e nos tornemos amigos,
E o meu corpo assim estruturado,
Cairá no esquecimento geral,
Até dos meus possíveis inimigos,
Que agora já não me querem mal.
Jorge Humberto
10/03/07