OS ÓRFÃOS DO SOL DA LIBERDADE
A bruma da ferina brancura que paira
Sobre o céu da copiosa hoste de fulgurosas estrelas anônimas,
Não quer que estas contemplem nem recebam
A magna instância da humana vida
Cuja centelha de luz se emana do sol.
Este sol não é aquele astro provedor e mantenedor de nossa chama física.
Este sol, apesar de(em primasia) não sê-lo,
É de fundamental e suma preponderância, tem maior relevo:
Pois é somente ele que pode pavimentar
O caminho de volta à fonte da verdadeira acepção do que é ser humanidade.
Assim, portanto, ele ara a terra biologicamente cibernética,
Fazendo vicejar de seu solo
Toda uma inefável e dardejante flora dos voares de águia-albatroz-condor-navalha,
Que os fará entoar belas loas de reverência
Á “Áurea Estrela” que alimenta o fogo de nossa existência,
Sem ela, prisioneira do nada, ou, talvez nem mesmo cósmica poeira
Cuja substância corporal, pelo sideral espaço, altivaga, passeia!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA