Hoje libertei um poema...
Deixei-o voar, pássaro, sopro...
livre, alado...
Soltou-se, sem medo,
do afago final
do meu sentimento acanhado...
Ensaiou passos incertos,
sentiu o seu berço de ar
e embebeu-se nas curvas do vento...
Sem sequer olhar o lamento
da minha alma, gaiola vazia...
Órfã, doente,
saudosa de o ter tido
só,
só,
um momento...
Teresa Teixeira