Resta muito pouco tempo, para pensar,
chamar a nós o receio, ter relutância.
Todo o mal, que ao Mundo, soubemos ousar,
permanecerá connosco, junto à ignorância.
A natureza já não suporta mais, tanta violação,
não consegue se regenerar; não há tempo.
Saberá o Homem, em toda a sua superação,
minimizar os estragos, suplantando-se em alento?
Florestas virgens, desarborizadas; animais
indígenas, forçados ao decreto da extinção.
E a camada do ozono, é todos os nossos ais,
diminuindo, à medida, que cresce a poluição.
A água é um bem real, com os anos contados;
que será das próximas gerações, sem preciosa valia?
Não se queixem os homens, dizendo-se desgraçados,
se o Mundo está como está, deve-o à sua covardia.
Os glaciares, lá tão longe, sofrem o efeito do calor;
derretem assustadoramente e progressivamente.
Pobre Mundo, que sofres de tal torpor,
de que te vale o grito, ou a voz dissidente?
Mas, apesar de todo o mal, sejamos esperançosos,
acreditando na inteligência e no bom senso.
Não será para nós, mas para os nossos filhos ansiosos,
por um Mundo melhor e sem contra-senso.
O Universo, que todos os Planetas gerou,
agradece que assim seja e que preservemos esta maravilha.
Só aquele, que um dia, por aqui andou,
sabe que o Mundo, exige mormente partilha.
Jorge Humberto
04/08/08