Por vezes a palavra esconde-se
no tempo de ser verbo,
e nem poetas nem escritores
a podem decifrar correctamente.
Eles arrastam-se vagarosamente na poeira das letras
em eternas demandas,
tão infrutíferas como inúteis,
que lhes rasgam as almas em finas tiras de papel escrito,
espalhadas por ventos e brisas
nas direcções que as emoções
entendem ser as certas.
Por vezes a palavra esconde-se
na curva de um caminho
calcetado por deuses obscuros,
e nem homens nem mulheres
conseguem caminhar ao seu lado.
Eles sofrem livres e conscientes do seu fado,
em revoluções internas,
tão belas como longas,
numa eterna procura da sabedoria original
esquecida na hora em que disseram a primeira...
Palavra...
NR