Procuro na longitude anunciada a cada onda,
nesta delonga, um momento em que os Astros
em desalinho, se organizem, se cruzem
e nos digam o ponto de encontro de nossos
caminhos, dos nossos destinos ...
Esgaravato na imensidão dos iniciais Oceanos
os secretos planos de (re)construção.
Rebusco... no seio da noite fios de prata,
pungentes, ardentes. Filamentos de gotas
caídas do Céu e nelas procuro, sem encontrar,
num novelo de abraços, todos os passos
para a ti chegar.
Chuva ...Caída, sentida na boca e no ventre.
Efervescente! Gélida de quente!
É, tais bagos grossos de uva, mordidos,
sorvidos, p'la noite adentro.
É de quem morre na sede dum beijo
singelo alimento ...
Chuva ... No desalinho, do pão e do vinho,
jacente na mesa. E na desejada certeza
e no querer dos beijos das mãos.
Pousadas, abrigadas ... ancoradas ... de
incertas vagas ... sobre os cabelos…
E nos lábios beijados, nos lábios rosados,
na face rasgados, deleite e prazer...
Chuva, doce murmúrio que em ti encerras
és de mim Mulher, o Eco, o reflexo.
És sussurro secreto da Voz da Alma…
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