A noiva desfez o lenço vermelho,
Cobre o cadáver enforcado da criança,
Acaricia o puro ressentimento e chora,
Está sozinha novamente devorando a noite.
Pele de veludo sangra em fluxos constantes de tristeza,
Cabelos caídos acumulam-se no chão, ele se vê no espelho
Nenhum som na rua,nenhuma luz na janela aberta
A carruagem funerária está atrasada.
Uma parede tombou revelando alicerces mal feitos,
Um rato grande e cinzento avançou junto a mesa posta,
Olhos brilhantes de sombra passaram em um suposto golpe de vista
Mas o espectro caminhou,sumiu atravessando o vão da sala.
O guincho do sacolejante caixão,
Range o portão de ferro e grades feito o grito lancinante de extertor maligno,
Eles passam conservando a expressão rotineira,com a rigidez necessária,
Mas a noiva desaba após tornar-se pó e desparecer com o vento frio.