Ali tem uma janela que dá para algum lugar fora de mim.
Corro no território livre da imaginação, e só quem pode me deter é o meu sonho em você.
Na terra ecoa um grito de guerra, gemido de dor e pedido de paz.
E abordo da bolinha de sabão da menina xadrezada,
me refugio num sétimo céu, onde nos amamos nos lençóis brancos do senhor.
Ali tem uma janela, onde aparece uma vizinha respeitável sendo enrabada.
E dessa janela, também vejo outros esqueletos saírem de alguns armários.
Mas com frio, eu fecho a janela e me aqueço na alcova.
O perigo fica lá fora, os mistérios em seus discos voadores, as portas da percepção limpas, os muros de Jericó no chão, e um arco-íris que me assombra, batendo no vidro e vindo do espectro solar de um sol da meia-noite.
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