para Fabiana, sempre.
nenhum luto é necessário
mesmo até quando nos bate
o desejo de morrer
de que vale o calendário
se a dor que nos abate
atravessa ano e mês
mas nunca pára de doer?
ai o amor me põe em pane
e por mais que eu o consagre
fabiana ou adriane
vinho bom vira vinagre
mesmo assim insisto em crer
na mentira do milagre
que ontem ia acontecer
toda noite veste treva
não te iludas com as estrelas
pois nenhuma nos eleva
adriane ou fabiana
não te permitas envolver
por esta luz profana
que só vamos perceber
quando a nossa vista humana
um dia deixar de ver
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júlio
Júlio Saraiva