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DIZ-ME...

 
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Diz-me...
Em que ponto do horizonte
se desfaz a curva
e se planifica a paisagem
onde mora a felicidade?

Diz-me...
Em que curva do caminho
o caminho é plano,
o mapa em relevo
e o desenho tem cores de verdade?

Diz-me...
Em que virtual perspectiva
eu encontro o toque,
o abraço quente das nossas mãos,
em que canto, em que enclave?

Diz-me...
Em que plano aberto se mede a certeza
das três dimensões
ou mesmo de todas
que quisermos dar à nossa realidade?

Diz-me...
Em que momento certo se acerta o tempo,
se pesa o futuro
na frágil balança
da nossa imponderabilidade?

Diz-me...


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
Willian Figueiredo
Publicado: 01/08/2008 17:43  Atualizado: 01/08/2008 17:43
Super Participativo
Usuário desde: 02/02/2008
Localidade: Governador Valadares
Mensagens: 180
 Re: DIZ-ME... p/ Sterea
Sterea... um poema de muito bom gosto... retratando uma sensibilidade e uma capacidade fantastica de escrever... parabéns... abraços...

Enviado por Tópico
Norberto Lopes
Publicado: 01/08/2008 17:51  Atualizado: 01/08/2008 17:53
Membro de honra
Usuário desde: 15/03/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 896
 Re: DIZ-ME...
«Diz-me...
Em que plano aberto se mede a certeza das três dimensões
Diz-me...
Em que momento certo se acerta o tempo, se pesa o tuturo na frágil balança da nossa imponderabilidade! Diz-me...»

Isto é um estrondo!...


Enviado por Tópico
TeresaMarques
Publicado: 29/08/2008 12:02  Atualizado: 29/08/2008 12:02
Participativo
Usuário desde: 20/08/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 12
 Re: DIZ-ME...
O imperativo de "diz-me", que é mais um apelo do que uma imposição, conduz à introspecção do sujeito poético cuja única certeza que parece ter é a da dúvida. Considere a hipótese de, no segundo verso da primeira estrofe, onde se lê "a curva se desfaz", dever ler-se "se desfaz a curva" para manter o paralelismo que se verifica em toda a composição: verbo + nome (Ex: "o caminho é plano"; "encontro o toque"; "se pesa o futuro"...) :)