Porque as veias
onde te corre o sangue
são de argila, barro açúcar lento,
elas são o molde do teu corpo em construção.
E porque é no final da tarde
que paralela a noite anoitece
e o sangue aquece a consciência
ensandecida por uma lunática corrida...
Te direi,
abranda o passo.
Tira a camisa apertada.
Solta de dentro, ao vento, a Alma.
Gera o abraço! Abranda ainda mais e,
quase parado, deixa que tombe da boca
toda a calada verdade - A tua verdade.
Olha ao longe o fumo faminto da cidade...
Fala em grito, brama, clama,
unissonante de traições e de vaidades.
Eleva o espírito, ouve a melodia…
que te varre a casa de lés a lés...
Ouve agora, são murmúrios de mil pés...
De quem passou por aqui antes de ti;
te abriu caminhos, de quem viveu e por amar
se deu ...
Faz Silêncio.
Faz-te silencio … Escuta agora os pássaros!
De vergonha, emudecem nos próprios ninhos ...
Sim, ainda há solução!
Abre lentamente a palma espalmada da tua mão.
Dá a mão. Dá-me a tua mão,que igualmente te darei a minha.
Que na sua ponta habita
a de um outro nosso irmão...
Dedos unidos, elos fundidos de uma cadeia.
MT.ATENÇÃO:CÓPIAS TOTAIS OU PARCIAIS EM BLOGS OU AFINS SÓ C/AUTORIZAÇÃO EXPRESSA