Encho as mãos com essências da tua alma. Preencho o vazio com resquícios do meu ser, como pedaços de histórias contadas aos ventos. A magia flui como água, qual rio que se precipita do alto da montanha. Teu corpo refresca-se, mergulhando nas mansas vagas deste mar construído com silêncios e letras recortadas das palavras que te escrevo.
Sentes em cada toque a minha pele, sentes em cada gota o meu corpo que por ti resvala, entranhando-se em cada poro. A tua boca bebe a sede que há em mim, como se me tomasses num cálice de vinho quente e mel. Os teus olhos seguem a cor do mar como se fossem o próprio céu que se atreve a tocá-lo nos limites do horizonte.
Neste enredo de histórias que se cruzam em pontos convergentes, falamos, dizemos o que nos apetece, sem saber se se seguem as regras impostas pelas frases, ou as vontades dos sentidos que nelas se reflectem. Somos um livro em construção, feito de formulas alquímicas que nos enchem a alma e o coração.
E a magia que a noite nos oferece, é pano de fundo, é lugar onde tudo simplesmente acontece.