Quisera eu ter no peito espaço
para abrigar um coração grande,
daqueles vermelhos,
que se oferecem inteiros,
almofadados,
"sweetheart-shaped",
em dia de S. Valentim...
Queria ter no peito
um jeito
de me abrir ao espaço
que o meu coração pequeno,
terreno,
expande em amor
quando respiro o teu verso...
a tua generosa humildade...
a tua dádiva de verdade,
o teu carinho presente,
mesmo ausente,
mesmo disfarce...
...Porém...
Coração Grande,
que se diz só Alguém,
mas que sente como
Ninguém...
**
*
Teresa Teixeira