Dentro da noite Cósmica, perpétua e escura,
inadiáveis, acordámos na alvoradas dos
verdes ramos erguidos na mansa luz da Lua.
Lá fora, lá onde o Tempo impaciente se agiganta,
ramos agulhados, intercalados abraços,
varejam sustenidos ao som de compassos
melódicos e tristes. Pássaros retidos.
Os braços
em espera, adivinham-se. Sorriem contentes ...
(Que acalmadas, agitadas hastes, reclamam
a si, ninhos, poisos, afagos eloquentes.)
Por fim, cessará o Grito. Que além do Infinito,
onde o rio Nilo é já o aberto Mar, lá onde a gota
brota imensa, alaga orlas, margens d’aluviões,
ai, nesse lugar, searas ondulantes, ponteadas
de Rosas e Begónias,
murmuram em uníssono mitos, arcaicas estórias
de eternizados amantes, viajantes infantes,
plenos de sonhos, devaneios, delírios risonhos.
Falam-nos de que, sobre o veludo da luz,
se amam e se banham em profundo mergulho
d’ águas sacralizantes.
Um rio anil e mel, deslizará em olhares transparentes
em trotes de sinfonia e dança, na inocência de criança.
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