Hoje vi-te novamente,
Com esse riso mordaz.
Olhaste para mim
Como sempre...
Como quem sabe o que faz
Cá dentro do meu peito.
Foste meu algoz
Juiz e executor
Nem te importaste
se te poderia fazer feliz
Só querias saber
Se o meu coração estava pisado
Triste e humilhado
Pois é assim que me queres
Só e miserável
Sem ter para onde fugir
Marioneta nas tuas mão
Pequena boneca partida
E ris-te ainda da minha mágoa
Daquilo em que me tornei
Amarga e vazia
Com raiva e desprezo
Pela vida...
Sobrevivo apenas
À espera do dia em que tu
Vais cair como eu caí
Vais sofrer a morte lenta
Que é estar só
E depois quem vai rir?
Eu...apenas eu...
Rir de quem um dia
Também riu de mim...