Existência sórdida que herdei do firmamento,
Em facetos aplausos hilariaram o meu pesar,
Inditosas e vis deusas fizeram o coroamento,
De uma vida em dor, no ânsia de me satirizar.
Impiedosa algia que minh’alma em vão sente,
De um cruciante fado que o mundo ofereceu;
Viajor dos heus à cata de um amor clemente,
De uma lapidar mulher que nunca aconteceu.
Quantos não foram, neste orbe, os desamores ,
Sustentáculos de uma felicidade em convulsão,
Frialdades, rosas que ofertavam meus amores;
Para no auge do prazer sugilarem meu coração.
Neste Inferno acrônico eu só tenho dissabores,
Tributo que me fizeram as déias da ingratidão.
Rivadávia Leite
AQUARELA DE UM SONHO
Aquarela de mulher excêntrica e vaidosa,
Como é estranho este teu lângüido pensar!
Esta cisma persistente e assaz desastrosa,
No meu caminho, jamais deixarei passar!
Satírica maneira que te faz tão escabrosa,
Vendavais...